The Prague Post - Líderes indígenas mundiais pedem mesmo peso que chefes de Estado na COP30

EUR -
AED 4.030943
AFN 78.715869
ALL 99.459757
AMD 429.225042
ANG 1.96466
AOA 1005.262378
ARS 1180.003954
AUD 1.810791
AWG 1.97815
AZN 1.866139
BAM 1.961874
BBD 2.219613
BDT 133.563535
BGN 1.956201
BHD 0.41345
BIF 3266.938701
BMD 1.097448
BND 1.480864
BOB 7.61257
BRL 6.490851
BSD 1.099324
BTN 94.373336
BWP 15.462014
BYN 3.597637
BYR 21509.978545
BZD 2.208177
CAD 1.554524
CDF 3150.772669
CHF 0.940239
CLF 0.028341
CLP 1087.582276
CNY 8.020807
CNH 8.056579
COP 4820.265473
CRC 557.799086
CUC 1.097448
CUP 29.082369
CVE 110.607459
CZK 25.213097
DJF 195.759673
DKK 7.466257
DOP 69.135947
DZD 146.676116
EGP 56.394004
ERN 16.461718
ETB 145.518602
FJD 2.555901
FKP 0.849927
GBP 0.85804
GEL 3.017762
GGP 0.849927
GHS 17.038911
GIP 0.849927
GMD 78.466168
GNF 9513.368317
GTQ 8.485194
GYD 230.666284
HKD 8.527856
HNL 28.126597
HRK 7.538912
HTG 143.826965
HUF 406.403601
IDR 18508.513452
ILS 4.124102
IMP 0.849927
INR 94.277852
IQD 1440.084992
IRR 46202.556051
ISK 144.907069
JEP 0.849927
JMD 173.368358
JOD 0.777981
JPY 161.890573
KES 142.11639
KGS 95.294368
KHR 4399.059051
KMF 494.40198
KPW 987.703096
KRW 1616.189727
KWD 0.337797
KYD 0.916153
KZT 576.294809
LAK 23804.135453
LBP 99098.454527
LKR 327.432738
LRD 219.858717
LSL 21.294921
LTL 3.240478
LVL 0.663836
LYD 6.096988
MAD 10.480249
MDL 19.501914
MGA 5130.932993
MKD 61.640757
MMK 2304.443984
MNT 3850.518819
MOP 8.796897
MRU 43.744344
MUR 49.60076
MVR 16.896071
MWK 1906.219348
MXN 22.593697
MYR 4.91983
MZN 70.137591
NAD 21.295115
NGN 1718.603483
NIO 40.449526
NOK 11.90191
NPR 151.001277
NZD 1.957573
OMR 0.422475
PAB 1.099304
PEN 4.045864
PGK 4.471968
PHP 62.750422
PKR 308.222928
PLN 4.278801
PYG 8800.407936
QAR 4.007207
RON 4.97868
RSD 117.16136
RUB 94.550357
RWF 1550.013228
SAR 4.120295
SBD 9.126741
SCR 16.117932
SDG 659.016165
SEK 10.941374
SGD 1.478668
SHP 0.862422
SLE 24.966985
SLL 23012.934611
SOS 628.250896
SRD 40.236797
STD 22714.95548
SVC 9.618957
SYP 14268.846672
SZL 21.2883
THB 37.974441
TJS 11.943871
TMT 3.841068
TND 3.372341
TOP 2.570334
TRY 41.708399
TTD 7.450271
TWD 36.208063
TZS 2935.672643
UAH 45.11038
UGX 4085.68721
USD 1.097448
UYU 46.30167
UZS 14233.198091
VES 80.405639
VND 28473.285375
VUV 134.017661
WST 3.072388
XAF 658.000276
XAG 0.036427
XAU 0.000365
XCD 2.965908
XDR 0.818341
XOF 658.006291
XPF 119.331742
YER 269.587924
ZAR 21.323984
ZMK 9878.34633
ZMW 30.753779
ZWL 353.377771
Líderes indígenas mundiais pedem mesmo peso que chefes de Estado na COP30
Líderes indígenas mundiais pedem mesmo peso que chefes de Estado na COP30 / foto: MAURO PIMENTEL - AFP

Líderes indígenas mundiais pedem mesmo peso que chefes de Estado na COP30

Cerca de 8.000 indígenas da Amazônia e da Oceania manifestaram-se nesta segunda-feira (7), em Brasília, para exigir que seus líderes tenham "voz e poder iguais" aos chefes de Estado na COP30, conferência sobre mudanças climáticas que será realizada em novembro, em Belém do Pará.

Tamanho do texto:

Com trajes tradicionais e pinturas corporais, cerca de 200 povos se apresentaram ao ritmo de maracas e tambores, levantando uma nuvem de poeira a poucos quilômetros das sedes dos Três Poderes.

Delegações de Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Panamá, Suriname e Venezuela, assim como representantes de Austrália, Fiji e outras nações oceânicas, somaram-se neste ano ao encontro anual dos povos originários brasileiros, o Acampamento Terra Livre.

Separados por dezenas de milhares de quilômetros, os povos da Amazônia e da Oceania compartilham a vulnerabilidade ao aquecimento global.

"Exigimos que as lideranças indígenas e das comunidades locais tenham voz e poder iguais aos Chefes de Estado na COP30, com a mesma legitimidade, poder de decisão e respeito que as representações dos países", disse a líder indígena brasileira Alana Manchineri em uma declaração conjunta dos povos participantes.

Os povos originários também exigem financiamento direto para preservar a natureza e compensação pelos danos sofridos.

- Causa comum -

Alguns membros de delegações fizeram travessias de vários dias em aviões a partir de ilhas remotas do Pacífico, ou em barcos e ônibus desde a Amazônia profunda, para participar do encontro, que vai até a próxima sexta-feira.

"No Pacífico, temos dificuldades únicas. Mas também queremos estar aqui e mostrar ao povo indígena da Amazônia que podemos lutar" juntos, disse à AFP Alisi Rabukawaqa, representante de Fiji.

O aumento do nível do mar ameaça a existência de ilhas oceânicas, como Fiji. "Tem água salgada entrando nas terras onde semeamos nossa comida", alertou Rabukawaqa, 37 anos.

Na América do Sul, uma seca histórica provocou no ano passado uma série de incêndios florestais que devastou quase 18 milhões de hectares da Floresta Amazônica no Brasil, segundo a plataforma de monitoramento MapBiomas.

"Para mim, seria importante a COP30 convidar os caciques espirituais e não os líderes que estão na cidade. Porque os líderes que estão lá na aldeia sabem das grandes dificuldades que sofrem com a questão climática", afirmou Sinésio Trovão, líder da comunidade indígena Betânia Mecurane, na Amazônia Legal.

- 'Marcha potente' -

O Acampamento vai incluir marchas e eventos culturais. Líderes indígenas esperam ser ouvidos amanhã na Câmara dos Deputados. Os demais vão marchar pela Esplanada dos Ministérios até a sede do Legislativo, onde tramitam disputas envolvendo as reivindicações territoriais dos povos.

Os povos originários também compartilham sua oposição à exploração de combustíveis fósseis, cuja queima é a causa principal do aquecimento global e cujo princípio para um abandono progressivo foi aprovado na COP28. A Presidência brasileira evitou estabelecer uma posição sobre esse tema espinhoso em reuniões de cúpulas passadas.

O Brasil é o maior produtor de petróleo da América Latina e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pressiona para avançar na perfuração em uma zona marítima a cerca de 500 km da foz do rio Amazonas. A iniciativa provocou o repúdio de vários líderes indígenas alinhados a Lula, inclusive o cacique Raoni, assim como de organizações ambientalistas.

"Não é possível, em um momento em que a humanidade discute o enfrentamento à crise climática, a gente ter propostas ainda de exploração de petróleo que vão impactar territórios indígenas", criticou Karipuna.

U.Pospisil--TPP