The Prague Post - Beirute recorda três anos de explosão no porto sem expectativa por julgamento

EUR -
AED 4.177067
AFN 81.881162
ALL 99.252011
AMD 444.590623
ANG 2.049629
AOA 1037.159306
ARS 1294.140501
AUD 1.780172
AWG 2.047025
AZN 1.938897
BAM 1.956825
BBD 2.294803
BDT 138.092365
BGN 1.957857
BHD 0.428625
BIF 3332.101328
BMD 1.137236
BND 1.492134
BOB 7.854392
BRL 6.605292
BSD 1.136596
BTN 97.022843
BWP 15.66621
BYN 3.71968
BYR 22289.824581
BZD 2.282996
CAD 1.574122
CDF 3271.827539
CHF 0.930816
CLF 0.028662
CLP 1099.888798
CNY 8.292589
CNH 8.304842
COP 4901.486936
CRC 571.199327
CUC 1.137236
CUP 30.136753
CVE 110.765682
CZK 25.063087
DJF 202.109722
DKK 7.466602
DOP 68.800755
DZD 150.758783
EGP 58.143348
ERN 17.058539
ETB 151.279275
FJD 2.597109
FKP 0.858592
GBP 0.857288
GEL 3.116059
GGP 0.858592
GHS 17.695283
GIP 0.858592
GMD 81.31439
GNF 9843.325358
GTQ 8.754588
GYD 238.429138
HKD 8.82913
HNL 29.46444
HRK 7.534645
HTG 148.317723
HUF 408.387109
IDR 19177.096068
ILS 4.192296
IMP 0.858592
INR 97.094362
IQD 1489.779092
IRR 47906.064042
ISK 145.099597
JEP 0.858592
JMD 179.644139
JOD 0.80664
JPY 161.924769
KES 147.271542
KGS 99.205071
KHR 4566.002675
KMF 492.989354
KPW 1023.540375
KRW 1613.043956
KWD 0.34871
KYD 0.947196
KZT 594.971784
LAK 24598.41354
LBP 101896.340868
LKR 339.937138
LRD 227.418785
LSL 21.444738
LTL 3.357962
LVL 0.687902
LYD 6.220896
MAD 10.547848
MDL 19.662304
MGA 5177.713287
MKD 61.514233
MMK 2387.213382
MNT 4033.588749
MOP 9.086962
MRU 44.847502
MUR 51.277698
MVR 17.520359
MWK 1974.241909
MXN 22.425622
MYR 5.012369
MZN 72.675056
NAD 21.444738
NGN 1824.91856
NIO 41.821916
NOK 11.909658
NPR 155.236349
NZD 1.90379
OMR 0.437833
PAB 1.136596
PEN 4.279439
PGK 4.700463
PHP 64.495494
PKR 319.106209
PLN 4.278742
PYG 9097.767521
QAR 4.140224
RON 4.978933
RSD 117.291464
RUB 93.451578
RWF 1609.188866
SAR 4.267179
SBD 9.516785
SCR 16.196165
SDG 682.916342
SEK 10.940517
SGD 1.490626
SHP 0.893689
SLE 25.90055
SLL 23847.250746
SOS 649.938423
SRD 42.248279
STD 23538.488054
SVC 9.945212
SYP 14785.810611
SZL 21.402546
THB 37.923459
TJS 12.206811
TMT 3.980326
TND 3.398063
TOP 2.663521
TRY 43.238617
TTD 7.712041
TWD 36.987483
TZS 3056.331036
UAH 47.101683
UGX 4166.329832
USD 1.137236
UYU 47.664978
UZS 14768.739292
VES 91.955341
VND 29420.293975
VUV 139.37013
WST 3.177149
XAF 656.312471
XAG 0.034867
XAU 0.000342
XCD 3.073437
XDR 0.816192
XOF 653.910532
XPF 119.331742
YER 278.907313
ZAR 21.40494
ZMK 10236.49314
ZMW 32.36396
ZWL 366.189511
Beirute recorda três anos de explosão no porto sem expectativa por julgamento
Beirute recorda três anos de explosão no porto sem expectativa por julgamento / foto: JOSEPH EID, ANWAR AMRO - AFP

Beirute recorda três anos de explosão no porto sem expectativa por julgamento

O Líbano recorda nesta sexta-feira (4) o terceiro aniversário da explosão mortal no porto de Beirute sem muitas esperanças de um dia elucidar a verdade por trás da tragédia e julgar os responsáveis, em um cenário de pressão política que bloqueia o processo judicial.

Tamanho do texto:

Em 4 de agosto de 2020, às 18H07, uma das maiores explosões não nucleares da história destruiu bairros inteiros da capital libanesa. Mais de 220 pessoas morreram e mais de 6.500 ficaram feridas.

A explosão foi provocada por um incêndio em um depósito que armazenava, sem as precauções necessárias, toneladas de nitrato de amônio, apesar das advertências aos gerentes do local.

A associação de famílias das vítimas, que luta há três anos para conseguir justiça, convocou uma manifestação para a área do porto.

"É um dia de luto e protesto contra o Estado libanês, que politiza nossa causa e interfere na ação da justiça", declarou à AFP Rima Zahed, que perdeu o irmão Amine, funcionário do porto, na tragédia.

"Três anos depois da explosão, a justiça está bloqueada e a verdade, dissimulada. Nenhuma das pessoas investigadas está na prisão", acrescentou.

As autoridades libanesas rejeitaram os pedidos das famílias por uma investigação internacional e são acusadas de obstruir os inquéritos da justiça local, em um país marcado por profundas divisões políticas e em colapso econômico.

- "Criminosos" -

"Estamos cansados. Não conseguimos fazer nada para que estes criminosos prestem contas", declarou Zahed.

O primeiro juiz responsável pelo caso em 2020 desistiu do processo depois de acusar o ex-primeiro-ministro Hassan Diab e mais três ministros.

Seu sucessor, Tarek Bitar, também investigou líderes políticos, mas o Parlamento se recusou a suspender a imunidade de alguns deputados acusados, o ministério do Interior não aceitou o interrogatório de funcionários de alto escalão e as forças de segurança se negaram a executar as ordens de detenção.

Bitar foi obrigado a suspender a investigação durante 13 meses devido a dezenas de ações judiciais apresentadas contra ele por líderes políticos.

Ele retomou o trabalho em janeiro para surpresa de todos, mas em seguida foi denunciado por insubordinação pelo procurador-geral por acusar várias personalidades do alto escalão do governo.

O procurador também ordenou a libertação de 17 pessoas detidas sem julgamento após a explosão gigantesca.

- Cultura de impunidade -

Em dois anos e meio, o juiz Bitar conseguiu trabalhar durante seis meses, período em que enfrentou muitas pressões que provocaram uma crise sem precedentes no sistema judicial.

Embora não tenha entrado no Palácio de Justiça nos últimos meses, a investigação "continua", informou à AFP um analista do Judiciário que pediu anonimato por razões de segurança.

O analista, que acompanha a investigação, afirmou que o juiz Bitar está determinado a seguir com o trabalho até redigir um documento de acusação, como prometeu às famílias das vítimas.

"Estamos convencidos de que vamos chegar à verdade, porque a verdade não morre enquanto é exigida", disse Rima Zahed.

Quase 300 ONGs e as famílias das vítimas voltaram a pedir na quinta-feira a criação de uma comissão de investigação internacional.

"Uma ação internacional é necessária para romper a cultura da impunidade no Líbano", declarou Ramzi Kaiss, da Human Rights Watch.

"As autoridades usaram todos os meios a sua disposição para minar e obstruir, sem vergonha, a investigação nacional com o objetivo de evitar a prestação de contas", lamentou parte Aya Majzoub, diretora regional adjunta da Anistia Internacional.

W.Cejka--TPP